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sexta-feira, 12 de março de 2010

Eric Rebiere em Entrevista na Surftotal.





A Surftotal aproveitou a passagem esta semana do ex-bicampeão europeu, Eric Rebiére, por Portugal para saber quais são os projectos do big-rider francês.
A Surftotal aproveitou a passagem esta semana do ex-bicampeão europeu, Eric Rebiére, por Portugal para saber quais os projectos do big-rider francês que recentemente assinou contrato com um novo patrocinador. Rebiére fala sobre a sua estreita relação com Portugal, do vício de procurar boas ondulações e dos seus próximos projectos.


Olá Eric, como estás?
Tudo em grande, como aprendi a dizer com meus amigos e família em Ericeira.

Como te tem corrido esta temporada de Inverno que foi propícia em grandes ondulações? Tens apanhado boas ondas? Em que spots?
Foi um dos melhores invernos de todos os tempos em Lanzarote e nas Canárias. Apanhei altas onda com vários tubos secos em El Quemao, o nosso European Pipeline (podem ver vídeos no meu www.youtube.com/rebrix, ou em ericrebiere.blogspot.com). Além das Canárias, só estive em Portugal no começo da temporada onde fiz o maior tubo da minha vida até agora, na Peralta. Essa foto saiu numa revista de surf da Europa. Aliás, queria até lançar a pergunta se foi o maior e mais profundo de Portugal de todos os tempos.

Recentemente assinaste um contrato de patrocínio com a Gotcha. O que é que isso representa para ti e de que forma vai influenciar a tua vida e o teu surf?
A Gotcha é uma das primeiras marcas de surf do mundo.Com um nome forte assim sempre ajuda na carreira profissional de qualquer atleta. Além disso, o meu team manager era um dos meus ídolos quando era adolescente, o top 16 da ASP durante vários anos, Richard “Dog” Marsh. Ou seja, percebe muito de surf. Posso te confessar que temos projectos incríveis além dele também fazer tow-in.

Foste bicampeão europeu além de teres sido o primeiro surfista francês a qualificar-se para o World Tour. Qual a tua opinião sobre a nova geração de surfistas europeus?
Acho que estamos melhorando cada vez mais. É diferente dos anos anteriores em que os franceses dominavam na Europa. Actualmente temos nomes fortes em todos os países. O futuro está garantido e será cheio de vitórias e títulos para Europa e fico muito feliz de ter ajudado a abrir essa porta em parâmetros mundiais.

Como analisas a prestação da Euroforce no World Tour?
O circuito é muito difícil. Acho que eles estão fazendo um trabalho incrível. Pena não termos tantos atletas como no ano passado. Mas acho que voltaremos a conquistar isso de novo. Além do mais, essas novas mudanças da ASP vão transformar o circuito em algo muito mais instável em relação aos atletas do que as mesma figuras que ficavam anos e anos nele. A EuroForce também foi uma das minhas ideias há anos atrás.

Achas que com o crescente nível de surf europeu poderemos ter um campeão do mundo oriundo da Europa daqui a alguns anos?
Com certeza.

Qual a tua opinião sobre as ondas portuguesas e quais aquelas que mais gostas de surfar? Porquê?
São muito boas, perfeitas e fortes. Tudo que eu mais gosto. Gosto de surfar nos Coxos, pois vejo sempre todos meus amigos surfarem lá e isso me dá alegria, como quando qualquer outro surfista quando vê os amigos se divertirem. Gosto mas tenho medo da Cave. Cada vez que estou lá e regresso me sinto mais vivo e. Ainda não surfei nenhuma onda tão pesada como aquela na Europa. O Algarve sempre esta nas minhas viagens de inverno e a Peralta já demonstrou que pode dar tubos gigantes.

Como é o teu programa de treino físico para lidares com as ondas grandes?
O meu dia está sempre virado para treinos específicos de surfistas feito pelo meu treinador, Americo Pinheiro. Ele desenvolveu vários tipos diferentes de exercícios para músculos que necessitam de mais força, resistência ou mesmo a parte respiratória. Além de adorar caça-submarina, que ajuda a controlar a mente com menos oxigénio.

És um surfista que viajas muito sempre à procura de ondas grandes e perfeitas. Explica-nos a adrenalina que sentes quando dropas um onda grande. Quais são as tuas preferidas?
Nem sempre vou atrás de ondas grandes. Vou atrás dos swells e ondas perfeitas e chegando no lugar surfo o que tiver pela frente. Acho que a adrenalina de surfar ondas grandes é impossível de explicar. A minha esposa sempre diz que sou louco e ando sempre cheio de cortes, levo pancadas ou mesmo coisas mais sérias e continuo a surfar. Como te explicar? Talvez seja como comer para mim: não posso viver sem isto.

O que esperas da edição deste ano dos Billabong XXL Awards?
Pacific domination. Pena eu não ter podido ir. Gostaria muito de surfar Maveriks um dia. Vi a onda do João [Macedo] e fiquei louco, além de vários surfistas irados em Waimes e Jaws.

Quais são os teus próximos projectos?
Vou continuar buscando swells pela Europa e no Verão penso ir à América do Sul (Chile, Peru e Brasil), já que é a altura em que as ondas estão a bombar. Quero começar treinando em Pico Alto para ver se consigo entrar no circuito mundial de ondas grandes de remada. Além de correr alguns campeonatos na Europa, pois não consigo deixar de fazer resultado e assim fica difícil de parar de competir. Terminei em quarto no ano passado e possivelmente devo ter os wildcards já que todos na minha frente correm o circuito mundial e sempre têm pontos suficientes para entrar no último round.
Vou estar sempre fazendo vídeos e updates para o meu youtube (já tenho mais de 170 000 downloads) e para o meu blog, para a família, amigos e todos que vou conhecendo pela estrada poderem seguir os passos.

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